sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Cientistas criam óculos que burlam sistemas de reconhecimento facial

Tóquio - Um grupo de cientistas japoneses desenvolveu óculos capazes de burlar os sistemas de reconhecimento facial e preservar a vida privada das pessoas que os utilizam, indicou nesta sexta-feira (25/1) o Instituto Nacional de Informática de Tóquio. Segundo o porta-voz do instituto, Isao Echizen, são necessárias medidas para evitar a violação da vida privada das fotografias tiradas sem consentimento.

Os óculos foram fabricados com plástico transparente e com linhas de luz que emitem raios infravermelhos (Isao Echizen)
Os óculos foram fabricados com plástico transparente e com linhas de luz que emitem raios infravermelhos


Os óculos, fabricados com plástico transparente, utilizam um sistema de luzes infravermelhas para interceptar a tecnologia de reconhecimento facial e servem para evitar que uma pessoa seja identificada por câmeras escondidas, explicaram seus inventores. 

Embora o sistema ainda seja muito volumoso (uma estrutura de plástico com luzes brilhantes e uma mochila para transportar as baterias), seus criadores afirmam que é uma melhora em relação aos sistemas existentes.

No ano passado, a União Europeia obrigou o Facebook a abandonar seu sistema de reconhecimento facial pelas queixas dos usuários sobre a proteção de sua vida privada.

Para pesquisadores, é possível conhecer todas as espécies vivas até 2220

Aranha-do-mar, do gênero Pseudopallene, recentemente identificada na Austrália: quantidade de espécies na natureza é estimada em 5 milhões (C. Taylor & C. Arango/Divulgação)
Aranha-do-mar, do gênero Pseudopallene, recentemente identificada na Austrália: quantidade de espécies na natureza é estimada em 5 milhões

Um dos maiores temores dos conservacionistas é imaginar que muitas espécies da fauna serão extintas antes mesmo que a humanidade chegue a conhecê-las. Não é um medo infundado: mudanças climáticas, caça ilegal, aumento da população mundial e interferência do homem nos ecossistemas foram responsáveis pelo desaparecimento de diversos animais, como o golfinho-baiji, o tigre-de-Java, o pica-pau-bico-de-marfim e espécies de tartarugas-gigantes. A situação, porém, pode não ser tão grave como se pensa. De acordo com um estudo publicado na edição de hoje da revista Science, nos próximos anos é mais provável que novas espécies sejam descobertas do que extintas.

Os pesquisadores das universidades de Oxford, Griffith e Auckland lembram que, na última década, 17,5 mil novas espécies foram descritas, com um pico de 18 mil em 2006. Ao contrário do que se imagina, os pesquisadores afirmam que, nesse ritmo, será possível catalogar quase todas por volta de 2220. Para chegar à data, eles fizeram um cálculo, utilizando a taxa de descoberta e o número estimado de espécies existentes na Terra, cerca de 5 milhões.

Cientistas transformam DNA em dispositivo para armazenar dados

Cientistas britânicos anunciaram um salto na busca para transformar o DNA em uma forma revolucionária de armazenamento de dados.

Uma seção de DNA criada pelo homem consegue armazenar montanhas de dados que podem ser congeladas a vácuo, transportadas e armazenadas, potencialmente por milhares de anos, afirmaram.

Os conteúdos são "lidos" decifrando-se o código genético - como é feito rotineiramente hoje - e transformando-os em código de computador.

"Nós já sabemos que o DNA é uma forma robusta de armazenar informação porque podemos extrai-lo de ossos de mamutes, que datam de dezenas de milhares de anos, para estudá-lo", afirmou Nick Goldman, do Instituto Europeu de Bioinformática (EBI) em Cambridge.

"Também é incrivelmente pequeno, compacto e não precisa de qualquer energia para armazenamento, além de ser fácil de transportar e manter", acrescentou.

O DNA, molécula da vida, é formada por uma dupla hélice de compostos - uma longa "escada" em espiral molecular, compreendendo quatro degraus químicos: adenina, citosina, guanina e timina, que se combinam aos pares. A citosina (C) combina com a guanina (G), enquanto a timina (T) combina com a adenina (A).

A sequência de letras compõe o genoma ou a estrutura química sobre a qual a vida é criada e sustentada. O DNA humano tem mais de três bilhões de letras, emaranhadas em pacotes de 24 cromossomos.

O projeto consiste em traduzir os dados genéticos para a linguagem binária do computador (0 e 1) e transcrevê-los em um código de "base 3" (ternário), que utiliza zeros, uns e dois.

Os dados são transcritos pela segunda vez como código de DNA, que se baseia em A, C, G e T. Um bloco de cinco letras é usado para um único dígito binário.

As letras são então transformadas em moléculas, usando produtos químicos de laboratório.

Segundo os cientistas, o trabalho não empregou DNA vivo, nem buscou criar qualquer forma de vida e, na verdade, o código feito pelo homem seria inútil para qualquer fim biológico.

"Não temos qualquer intenção de brincar com a vida", disse Goldman.

Apenas trechos curtos de DNA podem ser feitos, o que significa que a mensagem precisa ser cortada em pequenas seções de 117 letras, cada uma aderida a uma pequena etiqueta, como uma "comutação de pacotes" (técnica em que a mensagem é dividida e enviada em pequenos pacotes) na internet, o que permite que os dados sejam reagrupados.

Para provar sua teoria, a equipe codificou uma gravação em MP3 do discurso "Eu tenho um sonho", de Martin Luther King; uma foto digital de seu laboratório; um arquivo PDF do estudo de 1953 que descreveu a estrutura de DNA; um arquivo com todos os sonetos de Shakespeare; e um documento que descreve a técnica de armazenamento de dados.

"Nós baixamos os arquivos da internet e os usamos para sintetizar centenas de milhares de pedaços de DNA. O resultado parece com uma minúscula partícula de poeira", explicou Emily Leproust, da empresa americana de biotecnologia Agilent, que pegou os dados digitais e os utilizou para sintetizar moléculas de DNA no laboratório.

A Agilent enviaram por correio a amostra de volta ao EBI, na Inglaterra, onde os cientistas encharcaram o DNA com água para reconstitui-lo e usaram equipamento padrão de sequenciamento para desvendar o código. Eles recuperaram e leram os arquivos com 100% de exatidão.

O trabalho se segue a um avanço feito no ano passado, quando cientistas da Universidade de Harvard anunciaram ter armazenado 700 terabytes de dados - o suficiente para armazenar cerca de 70.000 filmes - em uma grama de DNA.

O novo método elimina o risco de erro na leitura do DNA, afirmam os cientistas, cujo trabalho foi publicado na edição desta semana da revista Nature.

"Nós pensamos, vamos partir o código em muitos fragmentos sobrepostos indo nas duas direções, com informação indexada indicando onde cada fragmento se encaixa no código geral, e fizemos um esquema codificado que não permite repetições", explicou Ewan Birney, co-autor do estudo.

"Desta forma, você precisaria cometer o mesmo erro em quatro diferentes fragmentos para falhar e isto seria muito incomum", emendou.

A informação se acumula maciçamente no mundo e o armazenamento de tantos dados é uma dor de cabeça. Discos magnéticos e ópticos são volumosos, precisam ser mantidos em ambientes frios e secos e são propensos a se degradar.

"A única limitação (ao armazenamento em DNA) é o custo", disse Birney, ressaltando que estes valores tendem a cair.

O sequenciamento e a leitura do DNA levam umas duas semanas com a tecnologia atual, portanto não seria recomendável para a recuperação instantânea de dados. Mas, seriam apropriados para dados armazenados entre 500 e 5.000 anos, como uma enciclopédia do conhecimento e da cultura humanas, por exemplo.

Francês de 15 anos ajuda pai numa investigação e publica na Nature




Neil Ibata ainda está no liceu, mas já publicou numa das mais prestigiadas revistas científicas do mundo JEAN-MARC LOOS/REUTERS


Neil Ibata diz ter tido sorte de principiante. Mas o francês de 15 anos deu uma ajuda determinante à equipa do seu pai, Rodrigo Ibata, numa descoberta do Observatório Astronómico da Universidade de Estrasburgo, em França. Afinal, as galáxias anãs na vizinhança de Andrómeda – a grande galáxia que está mais perto da nossa casa, a Via Láctea – giram em torno dela. O estudo foi publicado na Nature, uma das mais prestigíadas revistas de ciência, e Neil Ibata está entre os 16 autores que assinam o artigo.

A descoberta é o resultado de quatro anos de observação das estrelas destas galáxias anãs. Entre 2008 e 2011, uma equipa internacional com a ajuda dos telescópios Canadá-França-Havai e do telescópio Keck, dos Estados Unidos , mediu o brilho e a posição de milhões de estrelas que compõem as 27 galáxias anãs agora identificadas.

Depois, Rodrigo Ibata pediu ao seu filho para visualizar os dados na linguagem de programação Python – Neil Ibata tinha aprendido previamente a linguagem na Universidade de Estrasburgo. Quando fez a visualização destes dados, o filho reparou que as pequenas galáxias pareciam rodar em torno de Andrómeda.

Mas foi o pai que compreendeu o significado dos resultados. “As galáxias estão reunidas num disco muito plano de mais de um milhão de anos-luz de diâmetro que gira lentamente ao redor de si mesmo”, explicou na Nature. “Durante os últimos anos, os astrónomos pensavam que as galáxias ao redor das grandes estruturas como Andrómeda ou a Via Láctea não estavam repartidas de uma forma aleatória”, diz Rodrigo Ibata.

O astrofísico intuía o mesmo, já que, se as galáxias estivessem em posições aleatórias, isso poria em causa as teorias vigentes sobre a matéria negra e a formação das galáxias. O estudo confirmou de facto a intuição de Rodrigo Ibata.

Neil, que estuda no Liceu Internacional de Pontonniers, em Estrasburgo, explicou ao jornal francês Le Figaro que no início “não percebeu bem as implicações do que descobriu”. Só depois do pai e dos colegas lhe explicarem é que compreendeu o seu significado. O adolescente diz que o que aconteceu foi “sorte de principiante”. E em relação aos epítetos de “génio” e de “novo Einstein” que já chamam a Neil, o jovem responde com humor: “Não creio que vão ouvir falar sobre mim nos próximos dez ou 20 anos.”

Em 2015, a estação espacial vai ter um módulo insuflável


O módulo insuflável, numa apresentação na sede da NASA NASA 

Algures em 2015, uma espécie de balão acoplar-se-á à Estação Espacial Internacional (ISS), anunciou a agência espacial norte-americana NASA.

Trata-se de um módulo habitável insuflável, desenvolvido pela empresa Bigelow Aerospace e que deverá lá permanecer durante dois anos. Durante essa estada, a tripulação e os engenheiros no solo irão proceder a uma série de testes, nomeadamente da sua integridade estrutural, monitorizando ainda a taxa de fugas de ar.

Entretanto, uma bateria de instrumentos a bordo do módulo, baptizado BEAM (Bigelow Expandable Activity Module) irão realizar medições dos níveis de radiação e de temperatura interiores, para depois comparar estes dados com os dos módulos convencionais em alumínio. Os astronautas da ISS também deverão penetrar periodicamente no módulo para recolher dados e efectuar inspecções.

“Esta tecnologia deverá permitir avanços importantes [em termos] dos objectivos a atingir para permitir a permanência humana de longa duração no espaço”, diz Lori Garver, administradora adjunta da NASA, num comunicado da agência. “A ISS é um laboratório único para testar tecnologias inovadoras como o BEAM”, salienta, por seu lado, William Gerstenmaier, um dos responsáveis, na NASA, pelas área das viagens tripuladas.

O insuflável espacial deverá ser lançado pela empresa SpaceX no âmbito do seu contrato em curso com a NASA para o reaprovisionamento da ISS. Mais precisamente, isso acontecerá na oitava missão comercial da SpaceX, programada para 2015. Uma vez acoplado ao módulo Tranquility pelo braço mecânico da ISS, o módulo BEAM será enchido com ar que ele próprio transportará para o espaço.

No fim da sua missão, o módulo será ejectado da ISS, para se vir desintegrar na reentrada na atmosfera terrestre.

EUA ponderam acabar com experiências em centenas de chimpanzés

Só 50 chimpanzés serão necessários para experiências nos EUA, diz relatório RON PRIEST/AFP (ARQUIVO)

Os Institutos Nacionais de Saúde (NIH, sigla em inglês) dos Estados Unidos deverão desmantelar as 
experiências científicas que fazem em chimpanzés, defende um relatório publicado nesta semana. Dos 360 chimpanzés que eram objecto para a investigação do NIH, só 50 é que deverão ser mantidos, mas os centros que os tiverem serão obrigados a proporcionar-lhes melhores condições de vida.

Os Estados Unidos e o Gabão são os únicos países que ainda fazem investigação em chimpanzés, de acordo com o Instituto Jane Goodall do Canadá, um tipo de actividade científica iniciada em 1923. Em 2010, a União Europeia baniu esta actividade laboratorial.

“Finalmente, o governo compreendeu: os chimpanzés devem tanto viver num laboratório, como as pessoas devem viver em cabines telefónicas”, disse em comunicado o grupo norte-americano Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais.

A nova morada dos 310 chimpanzés será o Santuário de Chimpanzés, um parque com oito quilómetros quadrados de onde vivem mais de cem primatas desta espécie. O parque, no Noroeste do estado do Luisiana, tem floresta natural, estruturas para os chimpanzés treparem às árvores e fazerem ninhos, espaço para procurarem por comida, apesar de serem alimentados diariamente, e para se moverem em grupos.

A recomendação foi feita por uma comissão independente a pedido dos NIH. O pedido foi feito há um ano por Francis Collins, director dos NIH, depois do Instituto de Medicina dos Estados Unidos publicar um relatório onde considerava que a maior parte da investigação feita em chimpanzés nos Estados Unidos era desnecessária.

Collins terá 60 dias para aprovar ou não a recomendação depois de ouvir a opinião pública sobre este assunto. Mas no último mês, os NIH já tinham anunciado que iriam retirar 110 chimpanzés que estavam no Centro de Investigação Nova Ibéria, na Universidade de Luisiana em Lafayette, para o parque. Alguns deles já chegaram ao santuário.

O novo relatório de 84 páginas define normas mais restritivas para a investigação que ainda possa ser feita. Cada chimpanzé terá de ter pelo menos 93 metros quadrados de área aberta, acesso permanente ao ar livre com áreas para trepar e diferentes tipos de superfícies naturais. Os chimpanzés deverão viver pelo menos em grupos de sete indivíduos, para terem um ambiente social saudável. Todas as experiências terão de ser aprovadas por um comité independente.

Das nove experiências invasivas que estavam a decorrer, que incluem imunologia, doenças infecciosas, só três é que garantem estes critérios e vão continuar, diz ainda o novo relatório. Oito das treze investigações sobre comportamento ou estudos de genoma poderão continuar, mas terão de ser aprovados pelo comité.

O custo desta reforma será de 25 milhões de dólares (18,62 milhões de euros), de acordo com o jornal Washington Post.


quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

UFMG - Pós-graduação em Ciências Nucleares inscreve até o final do mês

atomo-stilizzatoNo próximo dia 31, encerram-se as inscrições para o processo seletivo dos cursos de mestrado e doutorado do programa de Pós-Graduação em Ciências e Técnicas Nucleares (Pctn) da UFMG. Acesse o edital aqui. Vinculado ao Departam
ento de Engenharia Nuclear da Escola de Engenharia, o programa oferece 10 vagas para o mestrado e 10 para o doutorado, concentradas nas áreas de Engenharia Nuclear e da Energia e Ciências das Radiações.


O ingresso ocorre no primeiro semestre de 2013, e os interessados devem se inscrever na secretaria do Programa, localizada no Bloco 4, sala 2299, da Escola de Engenharia, de segunda à sexta-feira, de 8h às 12h e de 14h às 17h. Também serão aceitas inscrições via correios, desde que postadas até 25 de janeiro. Informações pelo telefone 3409-6666, e-mailposcctn@nuclear.ufmg.br ou por este site


fonte :  www.planetauniversitario.com

Incêndio atinge Museu de Ciências Naturais da PUC Minas e ameaça acervo



Grande volume de fumaça negra tomou conta do prédio do museu na PUC Minas (Ivan Drumond/EM/D.A.Press)
Grande volume de fumaça negra tomou conta do prédio do museu na PUC Minas

Um incêndio de grandes proporções atingiu o Museu de Ciências Naturais da PUC Minas no fim desta terça-feira, no Bairro Coração Eucarístico, Região Noroeste de Belo Horizonte. Para escapar do fogo, uma funcionária fugiu para a sacada do terceiro andar, onde ficou presa e precisou ser resgatada por rapel. De acordo com o Corpo de Bombeiros, as chamas se espalharam pelo segundo pavimento, onde há algumas peças de exposições fixas e móveis, como quadros e réplicas de animais. Porém, conforme informaram os militares, não foram atingidos escritórios e nem os fósseis de animais que fazem parte do acervo da instituição.


Ainda segundo a corporação, a dimensão da área atingida é de 150m². Funcionários da universidade que acompanharam o trabalho avaliaram que parte importante do acervo foi perdida, informação que foi confirmada mais tarde em nota divulgada pela PUC Minas. "Um incêndio destruiu parte relevante do acervo em exposição no 2º andar", informou a instituição que ressaltou que o corpo do gorila Idi Amin e as oito coleções científicas e reservas técnicas não foram afetadas. Confira trecho do comunicado:

"No 2º andar se encontravam as exposições sobre a vida do paleontólogo e naturalista Peter W. Lund, sobre a Era Pleistoceno e sobre a Vida no Cerrado. Não foi atingido o corpo do gorila Idi Amin, que está em processo de taxidermia (empalhamento). O 1º e o 3º andares também não foram atingidos, de acordo com informações do tenente do Corpo de Bombeiros Paulo Henrique Firme. No 3º andar se encontram as exposições sobre fauna exótica e vida na água e no 1º andar as exposições de répteis e dinossauros e arqueológica. O fogo destruiu réplicas muito admiradas pelos visitantes, mas, felizmente, o acervo das oito coleções científicas e reservas técnicas, que são a base de todo o trabalho do Museu, não foi atingido. A estrutura do prédio também não foi danificada, ainda de acordo com o Corpo de Bombeiros. O museu está fechado para visitação".

Moradores vizinhos contaram que às 19h ainda havia muita fumaça e que o cheiro de borracha queimada era muito forte. De longe foi possível ver o fogo. 

Após 40 minutos de trabalho, os militares informaram, às 18h52, que as chamas foram controladas. A auxiliar de serviços resgatada do telhado, identificada como Rosângela de Jesus Guilherme, de 48 anos, não sofreu ferimentos aparentes, mas foi encaminhada para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII por causa da fumaça que inalou.

História do museu
Criado em 1983, o Museu de Ciências Naturais PUC Minas desenvolve atividades científicas, educativas e culturais. O Museu é um espaço interdisciplinar da universidade que complementa sua extensão de serviços à comunidade. Seu principal objetivo é preservar o patrimônio natural, histórico e cultural do Brasil.

No acervo do Museu encontra-se uma das principais coleções de mamíferos fósseis da América do Sul, além de coleções da fauna brasileira atual de mamíferos, aves, répteis e anfíbios, com especial destaque para as espécies do cerrado. A equipe do Museu desenvolve pesquisas nas áreas de paleontologia, zoologia e conservação da natureza.


Pelo Twitter, muitos alunos da PUC Minas lamentaram o incêndio no museu e a destruição de parte do acervo da instituição, pesar que foi compartilhado pelo reitor da universidade, professor Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães. "O prejuízo científico foi incalculável", resumiu.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, a provável causa do fogo é um curto-circuito nas instalações elétricas do 2º andar. Dom Joaquim Mol disse que trabalhará com parceiros para que o museu seja recuperado.

A jornalista Juliana Sodré, do Portal Uai, também registrou imagens da movimentação na porta do museu durante o rescaldo. Assista:


segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Reduzir gases-estufa a partir de 2016 evitaria secas e enchentes, diz estudo


Milhões de pessoas podem ser poupadas de secas e enchentes até 2050 se houver uma redução das emissões de gases do efeito estufa a partir de 2016 em vez de 2030, de acordo com estudo científico publicado neste fim de semana na revista "Nature Climate Change".
Especialistas britânicos e alemães explicaram que a redução imediata nas emissões poderia retardar alguns impactos por décadas e prevenir outros por completo.
Em 2050, um planeta se encaminhando para um aquecimento entre 2º C e 2,5º C, pode ter em 2100 duas possibilidades muito distintas, dependendo do caminho que se tome para chegar até lá.
Políticas que reduzam as emissões de carbono em 5% por ano até 2016 poupariam a exposição de até 68 milhões de pessoas a um maior risco de escassez de água em 2050, segundo Nigel Arnell da Universidade de Reading, do Reino Unido. Esse seria o melhor cenário possível.
Por outro lado, se as emissões caírem 5% anualmente a partir de 2030, o número de pessoas que escapariam desse risco ficaria entre 17 milhões e 48 milhões.
No cenário da redução a partir de 2016, entre 100 milhões e 161 milhões de pessoas poderiam ser poupadas de inundações. Já no cenário de 2030, o número de pessoas que se livrariam de enchentes ficaria entre 52 milhões e 120 milhões, indicou Arnell, diretor do Instituto Walker de mudanças climáticas da universidade britânica.
"Basicamente, em 2050, a política de 2030 teria entre metade e dois terços dos benefícios da melhor política (2016)", embora ambas apontem para uma mudança de temperatura similar, com elevações entre 2º C e 2,5º C em 2100. "Você pode atingir o mesmo ponto (de temperatura) no fim do século, mas os danos causados no caminho até esse ponto podem ser muito diferentes", complementa.
Chaminé de indústria na China (Foto: JF Creative / Image Source / AFP)Chaminé de indústria na China; cientistas afirmam que redução de emissões a partir de 2016 pode diminuir impacto de secas e enchentes nos proximos anos (Foto: JF Creative / Image Source / AFP)
Sem redução de emissões = cenário trágico
Em um cenário sem restrições nas emissões, as temperaturas poderiam aumentar entre 4º C e 5,5º C, de acordo com a pesquisa. Com uma média de aquecimento global de 4º C, cerca de um bilhão de pessoas poderiam ter menos água em 2100 do que têm hoje, e 330 milhões poderiam ser submetidas a grande risco de enchentes.
Uma redução nas emissões em 2016 parece improvável, com as nações buscando adotar um novo pacto global sobre o clima em 2015 para entrar em vigor até cinco anos depois.
A última rodada das Nações Unidas de debates sobre o clima em Doha, no Qatar, em dezembro, fracassou na tentativa de impor antes de 2020 cortes nas emissões de países que não haviam assinado o Protocolo de Kyoto, ainda que cientistas tenham alertado que a concentração de carbono na atmosfera continua aumentando. Três dos quatro maiores poluidores do mundo - China, Estados Unidos e Índia - estão entre os que não se comprometeram a limitar as emissões.
Diversos pesquisadores acreditam que a Terra terá um aquecimento muito além dos 2º C da meta da ONU em níveis pré-industriais. "Claro que reduzir a emissão de gases-estufa não vai impedir por completo os impactos do aquecimento global, mas nossa pesquisa pode dar tempo para a elaboração de prédios, sistemas de transporte e de agricultura melhor adaptados às mudanças climáticas", disse Arnell.
Relatório da ONU fez alerta sobre poluição em excesso
Relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) divulgado em novembro alerta que, mesmo se os países aplicarem até 2020 políticas públicas que ajudem a reduzir a emissão de gases de efeito estufa, o limite máximo proposto pelos cientistas para aquela data terá sido ultrapassado.

Esse limite representa para a ciência climática estagnar a elevação da temperatura global em, no máximo, 2 ºC acima dos níveis pré-industriais ainda neste século. Segundo o documento, mesmo que todos os países cumpram nos próximos oito anos o que foi prometido em acordos climáticos firmados em conferências da ONU, eles ainda emitiriam 8 bilhões de toneladas (gigatoneladas) de gases a mais que o limite proposto para 2020.
O teto de emissões fixado por cientistas para 2020 é de 44 gigatoneladas de CO2 equivalente (medida que soma a concentração de dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e outros gases).
No entanto, há um cenário pior, caso nada seja feito. Se nos próximos oito anos nenhum governo cumprir o que prometeu e as políticas verdes deixarem de ser vistas como prioridade - acrescentando ainda o desenvolvimento econômico previsto para o período, as emissões de gases ultrapassariam em 14 gigatoneladas o limite calculado pelos cientistas.

Estrela mais antiga já vista tem mais de 13 bilhões de anos, diz estudo


Os astrônomos da Universidade da Pensilvânia, nos EUA, identificaram a estrela HD 140283 como a mais antiga já encontrada no Universo, com pelo menos 13,2 bilhões de anos, podendo chegar até 13,9 bilhões de anos.           A descoberta foi anunciada na quarta-feira (10), durante um encontro da Sociedade Astronômica Americana, em Long Beach, na Califórnia.                                                                                                                        "Acreditamos que essa estrela seja a mais antiga do Universo entre as que conhecemos, com uma idade bem determinada", disse o astrônomo Howard Bond, de Penn – como a universidade é conhecida.                             A HD 140283 fica a uma distância de aproximadamente 190 anos-luz do Sistema Solar. Ela vem sendo estudada há mais de um século e é formada quase inteiramente por hidrogênio e hélio, os mesmos componentes do Sol.                                                                                                                                Para determinar a idade da estrela, Howard Bond e sua equipe fizeram uma série de cálculos, usando as imagens obtidas pelo Telescópio Espacial Hubble. Primeiro, os astrônomos fixaram a distância entre a estrela e o Sistema Solar para, em seguida, medir o brilho do astro e calcular sua luminosidade.                                    A equipe explorou, então, o fato de que a HD 140283 está em uma fase de seu ciclo de vida na qual o hidrogênio presente no núcleo está se esgotando. Nessa etapa, ocorre uma diminuição lenta da luminosidade da estrela, o que representa um indicador altamente sensível de sua idade.                                                                              O resultado dos cálculos apontou que esse corpo celeste tem 13,9 bilhões de anos, com uma margem de erro de 700 anos para mais ou para menos. Se essa margem for considerada, a idade da HD 140283 não entra em conflito com a idade do Universo, já que o Big Bang é calculado pelos cientistas como tendo ocorrido há cerca de 13,7 bilhões anos.                                                                                                                                       Outro astro, conhecido como "Methuselah 2" (Matusalém 2), já havia tido a idade calculada em 13,2 bilhões de anos, mas a equipe de astrônomos afirma que a idade da HD 140283 foi determinada com maior segurança.
Primeira e segunda geração
Para os cientistas, a HD 140283 faz parte de uma segunda geração de estrelas, criada após o Big Bang, por conter elementos mais pesados.                                                                                                                      
A primeira geração se formou a partir do gás primordial, que contém baixas quantidades de elementos mais pesados que o hélio. Acredita-se que elas se originaram algumas centenas de milhões de anos após o Big Bang.                                                                                                                                                        Os primeiros astros morreram milhões de anos depois, explodindo em uma sucessão de supernovas, e foram substituídos centenas de milhões de anos depois por estrelas como a HD 140283.
Astrônomos determinam idade de estrela conhecida mais antiga do universo  (Foto: Divulgação/European Southern Observatory)Estrela fica a uma distância de 190 anos-luz do
Sistema Solar e é estudada há mais de um século
(Foto: Divulgação/European Southern Observatory)

fonte :        http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/01/estrela-mais-antiga-ja-vista-tem-mais-de-13-bilhoes-de-anos-diz-estudo.html

Organização anuncia pré-requisitos para "colonos" de Marte

Empresa quer mandar pessoas a Marte antes da Nasa Foto: AFP



Empresa quer mandar pessoas a Marte antes da Nasa

Uma organização holandesa divulgou na semana passada os pré-requisitos para o "Programa de Seleção de Astronautas" para Marte. A Mars One - que se define como uma organização sem fins lucrativos - pretende estabelecer uma colônia no planeta vermelho em 2023 e afirma que a seleção dos voluntários começa já no primeiro semestre de 2013.
Segundo a organização, não é necessário treinamento militar, experiência de voo nem mesmo uma graduação científica. Contudo, os voluntários devem ser "inteligentes, ter bom estado mental e físico e ter o desejo de dedicar oito anos para treinar e aprender antes de fazer a jornada ao seu novo lar em Marte".
"Se foram os dias em que a coragem e o número de horas em um jato supersônico eram os principais critérios (de seleção). Hoje, estamos mais preocupados com o quão bem cada astronauta trabalha e vive com os outros para a longa jornada da Terra a Marte e para uma vida de desafios", diz Norbert Kraft, ex-pesquisador da Nasa - a agência espacial americana - e diretor médico da Mars One.
Os candidatos ainda precisam ter pelo menos 18 anos, "profundo senso de propósito, desejo de construir e manter relações saudáveis, capacidade de autocrítica e habilidade de confiar nos outros. Eles precisam ser resilientes, adaptáveis, curiosos, criativos e engenhosos". A organização afirma que não procura especialistas - como médicos, pilotos ou geólogos -, mas os candidatos passarão por um treinamento de oito anos, durante os quais desenvolverão "todas as habilidades requeridas em Marte".
A Mars One afirma que oito missões robóticas visitarão o planeta vermelho entre 2016 e 2021 para preparar uma colônia para os humanos. Os candidatos passarão por seleção e os quatro escolhidos para ir a Marte serão anunciados em um programa de TV.


quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Cientistas descobrem por que dedos enrugam na água


BBC
Pessoas com dedos enrugados pela umidade manuseiam melhor objetos molhados
Uma pesquisa realizada por cientistas na Grã-Bretanha indica que o fato de os dedos ficarem enrugados depois de algum tempo na água pode ser uma vantagem adquirida pelo ser humano durante sua evolução por milhares de anos.
Os cientistas da Universidade de Newcastle, no norte da Inglaterra, decidiram investigar a razão de os dedos ficarem enrugados na água por meio de um experimento.
Eles pediram a voluntários para pegar bolas de gude imersas em um balde d'água com uma mão e passá-las por uma pequena abertura para a outra mão, para colocá-las em outro local.
Os voluntários com os dedos enrugados pela umidade completaram a tarefa mais rápido do que os voluntários com os dedos lisos.
O estudo sugere que as rugas têm a função específica de tornar mais fácil o manuseio de objetos embaixo d'água ou de superfícies molhadas em geral, o que pode ter sido uma vantagem para os primeiros humanos quando procuravam por alimentos na natureza.
Primatas Por muito tempo, se acreditava que os dedos enrugados indicavam simplesmente o inchaço da pele devido ao contato prolongado com a água. Ou seja, tratava-se de uma reação automática, provavelmente sem nenhuma função. 

Leia mais:  Nova teoria sobre os dedos enrugados dentro d'água
As últimas pesquisas, entretanto, revelaram que as rugas são um sinal de vasoconstrição como resposta à água, o que, por sua vez, é uma reação controlada pelo sistema nervoso.
"Se os dedos enrugados fossem apenas o resultado do inchaço da pele ao entrar em contato com a água, eles poderiam ter uma função, mas não necessariamente", disse o cientista Tom Smulders, do Centro de Comportamento e Evolução da Universidade de Newcastle.
"Por outro lado, se o sistema nervoso está ativamente controlando essa reação em certas circunstâncias e não outras, é mais fácil concluir que há uma função por trás disso que é resultado da evolução. E a evolução não teria selecionado essa resposta se ela não nos conferisse algum tipo de vantagem."
Segundo os cientistas, para nossos ancestrais, ter dedos que agarram melhor objetos úmidos certamente teria sido uma vantagem na busca por alimentos em lagos e rios.
Smulders disse que seria interessante, agora, verificar se outros animais, especialmente primatas, têm a mesma característica.
"Se está presente em muitos primatas, então minha opinião é que sua função original pode ter sido locomotora, ajudando a se deslocar em vegetação úmida ou árvores molhadas. Por outro lado, se é apenas em humanos, então podemos considerar que é algo muito mais específico, como procurar por comida dentro e à beira de rios."

    Asteroide Apophis passa perto da Terra na quarta-feira


    O asteroide Apophis vai passar a 14,5 milhões de quilômetros de distância da Terra nesta quarta-feira (9) às 22 horas (horário de Brasília), a maior aproximação do corpo celeste com o nosso planeta observada até agora. De acordo com astrônomos, o evento não representa nenhum perigo, já que a distância representa 36 vezes a distância da Lua com a Terra.
    Descoberto em 2004, o Apophis teria uma chance em 45 de bater na Terra em 2029, mas estudos avançados descartaram esta hipótese. No entanto, ainda existe alguma chance dele colidir com o planeta em 2036 e a aproximação desta manhã vai ajudar a prever esta probabilidade.  

    Estima-se que Apophis tenha 270 metros de diâmetro, cerca de três vezes o tamanho de um campo de futebol. 
    Em 2029, o asteroide vai passar ainda mais perto da Terra do que nesta quarta-feira, a apenas 30 mil quilômetros de distância. Em comparação com a distância da Lua com a Terra é de 385 mil quilômetros e os satélites de comunicação orbitam a 36 quilômetros de distância da TerraNesta quarta-feira, no máximo de seu esplendor, o asteroide que recebeu o nome do deus egípcio da escuridão, não está tão visível a ponto de poder ser visto por um telescópio amador, mas o site Slooh transmitirá a passagem do cometa a partir das 22h (horário de Brasília) em inglês