sábado, 22 de dezembro de 2012

Fragmentos de raro meteorito "não alterado" são encontrados no Saara

Fragmentos de raro meteorito "não alterado" são encontrados no Saara (Foto: EFE/J.Otazu)





Marroquinos encontraram fragmentos de um raro meteorito "não alterado" nas areias da região do Saara Ocidental. A descoberta, que aconteceu em 20 de maio de 2012, foi divulgada somente nesta quarta-feira (12). O meteorito está sendo agora analisado na Universidade Ibn Zhor-Agadir, no Marrocos, na busca de possíveis moléculas orgânicas e microdiamantes.
Na noite do dia 20 de maio, soldados marroquinos observaram uma estrela fugaz de cor muito branca que terminou em uma série de explosões ensurdecedoras. O fenômeno chamou atenção e as autoridades marroquinas enviaram uma missão ao local onde supostamente havia ocorrido a explosão. Depois de poucas horas, duas pessoas tinham encontrado vários fragmentos do meteorito, que somavam mais de 300 gramas.
Eram produto do que os especialistas chamam de "chuva de meteoritos". Os fragmentos estão hoje em posse do professor Abderrahman Ibhi, astrônomo da Universidade Ibn Zhor-Agadir.
Segundo ele, trata-se de um meteorito asteroidal quase não alterado, já que foi encontrado pouco tempo após sua queda. O habitual é que apareçam muitos anos depois e estejam profundamente alterados pelo oxigênio e pela água, dois elementos que não estão em seu habitat original.
Ibhi especula que estes preciosos fragmentos procedem de um asteroide, imensas rochas de várias toneladas situadas entre Marte e Júpiter, que se chocam entre si produzindo chuvas de meteoritos que viajam pelo espaço e, em alguns casos, chegam à Terra.
Os fragmentos encontrados no Marrocos são de uma cor muito negra, por fazerem parte de um meteorito carbonatado, muito rico em carvão. Ibhi supõe que possam conter moléculas orgânicas, de grande valor científico porque poderiam dar pistas sobre a origem da vida na Terra.
Além disso, o astrônomo afirma que as rochas procedentes de meteoritos podem conter microdiamantes, mas tanto este detalhe como a questão das moléculas só poderão ser desvendadas após uma análise mais detalhada fora do Marrocos.
EK

Curiosity registra eclipse do Sol com lua de Marte

phobos (Foto: Nasa)


O robô Curiosity, enviado a Marte pela agência espacial americana (Nasa), registrou um eclipse parcial do Sol no dia 13 de setembro. A lua de Phobos, um dos dois satélites naturais de Marte, encobriu parcialmente o Sol. Esse fenômeno, quando um corpo pequeno passa em frente a outro muito maior, é conhecido como trânsito. O trânsito de Phobos já foi registrado em outras ocasiões.
A imagem foi divulgada no sábado (15), na página da sonda no Facebook.
AS

Curiosity usa pá no solo de Marte e encontra objeto brilhante

Objeto brilhante no solo de Marte desperta curiosidade de robô da Nasa (Foto: NASA/JPL-Caltech/MSSS)

O jipe-robô Curiosity usou pela primeira vez uma pá contida em seu braço mecânico para analisar melhor o solo de Marte. A "colher" tem 4,5 centímentros de largura por 7 centímetros de altura e recolheu uma porção de areia da superfície do planeta.
Nesta terça-feira (9), a agência espacial americana (Nasa) divulgou uma imagem curiosa, capturada logo após a experiência, que mostra um pequeno objeto brilhante encontrado no solo. A foto foi tirada no domingo (7), dois meses depois de o Curiosity ter pousada em Marte.
Na manhã desta terça, os técnicos da Nasa que dirigem a missão resolveram dar uma pausa nas atividades do braço robótico para se dedicar exclusivamente à análise do objeto. Eles acreditam que o elemento brilhante pode ser um pedaço que caiu do próprio robô.
A Nasa divulgou ainda um vídeo que mostra o trabalho da pá. Ao recolher uma porção do solo, ela vibra para tirar o excesso de pó e areia e peneirar as pedras mais importantes. Depois, os especialistas analisam as características físicas da amostra recolhida.


Emissões de CO² causadas pelo desmatamento da Amazônia caem 16%




O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou na última sexta-feira (21) o cálculo oficial de quanto o desmatamento da Amazônia emitiu de gases de efeito estufa na atmosfera. Segundo o Inpe, foram emitidos 352 milhões de toneladas de CO² em 2012. A quantia é 16% menor do que as emissões de 2011.
A redução foi possível graças a queda do desmatamento. Neste ano, a quantidade de florestas desmatadas chegou ao menor patamar desde o início do monitoramento, com um desmatamento abaixo dos 5 mil km².
Os números confirmam uma mudança de padrão nas emissões do Brasil. As emissões de desmatamento estão caindo, mas enquanto isso outros setores, especialmente os de energia e indústria, estão emitindo mais gases de efeito estufa. Segundo um levantamento feito pelo engenheiro florestal Tasso Azevedo, as emissões desses setores cresceram 33% e 16%, respectivamente.
Foto: Arquivo/MMA

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Alberto Passos Guimarães Filho

Alberto Passos Guimarães Filho, nascido em Maceió, Alagoas, fez seus estudos no Rio de Janeiro. Estudou física na Faculdade Nacional de Filosofia, da atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde teve como professores, entre outros, Jayme Tiomno e José Leite Lopes. Após graduar-se em 1962, participou por um breve período de atividades docentes na UFRJ e de atividades de pesquisa no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF). Após dois anos, seguiu para o Instituto de Física da Universidade de Uppsala, na Suécia, onde permaneceu por um ano. Em seguida juntou-se ao grupo de Baixas Temperaturas em Manchester, na Inglaterra, onde obteve o seu doutoramento, e trabalhou por um breve período como Assistente de Pesquisa. Retornou ao Brasil, inaugurando no CBPF o estudo experimental de sistemas metálicos magnéticos, com diferentes técnicas (espectroscopia Mössbauer, RPE e RMN). Criou aí um laboratório de aplicações da ressonância magnética nuclear ao estudo dos materiais magnéticos. Publicou cerca de uma centena de artigos científicos, além do livro Magnetism and magnetic resonance in solids (New York: John Wiley, 1998). Realizou diversos estágios em diferentes instituições estrangeiras, especialmente no Massachusetts Institute of Technology (MIT), Estados Unidos, na Universidade Técnica de Darmstadt, Alemanha e Universidade de St. Andrews, Reino Unido. Foi agraciado com a Ordem Nacional do Mérito Científico, grau Comendador, em 1996. Ao lado de suas atividades como pesquisador, desenvolveu atuação em divulgação científica, tendo sido um dos fundadores, em 1982, da revista Ciência Hoje. Permanece atualmente como membro da diretoria do Instituto Ciência Hoje, que edita essa revista, além de Ciência Hoje das Crianças e outras publicações.

Biografia Adalberto Fazzio



Adalberto FazzioAdalberto Fazzio é natural de Sorocaba-SP, Bacharel em Física pela Universidade de Brasília (UnB) em 1973, Mestre em Física também pela UnB e Doutor em Física pela USP. Em 1985, tornou-se Livre-Docente no Instituto de Física da USP e desde 1991 é Professor Titular daquela Instituição. Foi pesquisador visitante no National Renewable Energy Laboratory (USA) e pesquisador visitante no Fritz-Häber-Institut (Berlin). Sua área de atuação é em Física da Matéria Condensada, dirigida primordialmente no entendimento de propriedades estruturais e eletrônicas de sólidos e aglomerados moleculares. Com mais de 200 publicações em revistas especializadas tem contribuído com importantes trabalhos no entendimento de impurezas profundas em semicondutores, e uma participação bastante ativa na orientação de mestres e doutores. Seu grupo de pesquisa trabalhou no desenvolvimento de métodos e algoritmos computacionais de "Escala-Múltipla" para materiais, procurando entender os processos de crescimentos, difusão atômica, interfaces, defeitos extensos e nanoestrutura de carbono. Em seguida, desenvolveram o projeto "Simulação Computacional de Materiais Nanoestruturados". Mais dois projetos de pesquisa, também, foram desenvolvidos: 1) "Simulação e Modelagem de Nanoestruturas"; 2) "Simulação e Modelagem de Nanoestruturas e Materiais Complexos". Ocupou os cargos de Secretário, Secretário Geral, Vice-Presidente e Presidente da Sociedade Brasileira de Física (SBF) e, no momento, é Conselheiro da SBF. Foi Chefe do Departamento de Física dos Materiais e Mecânica e Vice-Diretor do Instituto de Física da USP. É membro da Academia Brasileira de Ciências e Consultor da Área de Ciências Físicas da Academia. Em 2006, recebeu a comenda da Ordem Nacional do Mérito Científico. No ano de 2008, foi nomeado pelo Ministro da Educação, Fernando Haddad, membro do Conselho Superior da CAPES e, também a pedido do Ministro, foi cedido para a Universidade Federal do ABC para exercer o cargo de Diretor do Centro de Ciências Naturais e Humanas daquela instituição. Em agosto de 2008 foi nomeado, pelo Ministro da Educação, Reitor Pro Tempore da Universidade Federal do ABC, cargo exercido até fevereiro de 2010. Neste ano, foi promovido à Classe da Grã-Cruz, na Ordem Nacional do Mérito Científico, por suas contribuições prestadas no ano de 2008, à Ciência e Tecnologia. 

Planeta habitável próximo da Terra pode ter sido encontrado


A 12 mil anos-luz de distância, o planeta é um dos cinco que orbitam a mais próxima estrela similar ao Sol da Terra. Na área denominada Tau Ceti, o planeta está em uma região chamada “zona habitável”.

Esta região é possível de ter pressão suficiente para manter água liquida em sua superfície. A descoberta se mantém nas estimativas dos astrônomos, que, segundo eles em todas as galáxias existem planetas que podem ser habitáveis.

“Tau Ceti é um de nossos vizinhos mais próximos, talvez em um futuro não tão distante, consigamos estudar a atmosfera destes planetas”, disse James Jenkins, da Universidade do Chile e um dos membros da equipe responsável pela descoberta.

Para pesquisarem por tais planetas, os astrônomos tem utilizado o telescópio Kepler. Lançado em 2009, seu objetivo é viajar o universo em busca de planetas habitáveis ou com características similares a da Terra. Dos mais de 100 mil corpos pesquisados, 100 deles podem ser habitáveis.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Nasa faz sondas espaciais colidirem contra a Lua


Duas sondas gêmeas americanas foram atiradas contra a Lua, conforme o previsto , nesta segunda-feira (17), depois de uma bem sucedida missão destinada a mapear a superfície do satélite natural da Terra e medir seu campo gravitacional, confirmou a Nasa.
As sondas denominadas Ebb e Flow, do tamanho de uma máquina de lavar roupas, bateram em uma montanha próxima ao polo norte lunar, perto da cratera de Goldsmith, pouco antes das 20h30, hora de Brasília. 
A sonda Ebb foi a primeira a tocar o solo, seguida 30 segundos depois da Flow, a uma velocidade de 6.050 km/hora, informou a agência espacial americana.
Não há imagens diretas do impacto, visto que a região onde ocorreu estava na escuridão, informou a Nasa. 
A agência tinha explicado na semana passada a decisão de encerrar a missão das duas sondas devido ao baixo nível de combustível em suas reservas, o que permitiria realizar mais atividades científicas.
As sondas conseguiram criar o mapa de gravidade de maior resolução já captado de um corpo celeste. Isto ajudará a proporcionar um conhecimento melhor de como a Terra e outros planetas rochosos no Sistema Solar se formaram e evoluíram, reportou a Nasa.
A agência calculou minuciosamente a trajetória final das duas sondas para se assegurar de que não colidiriam contra um "lugar histórico" da Lua, como os locais de pouso das missões Apollo.

    quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

    Jovem da Serra Leoa cria bateria de lixo e é convidado para o MIT


    Um jovem de 16 da Serra Leoa criou, quando tinha 13 anos, uma bateria usando materiais encontrados no lixo. Por causa do espírito inventivo, foi agora convidado a entrar no Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos, tornando-se o mais novo a ingressar a reputada instituição de ensino.

    O jovem, de nome Kelvin Doe, foi escolhido por ser um engenheiro autodidata que administra a sua própria rádio na Serra Leoa, transmitindo jogos, notícias e música. A rádio é alimentada por um gerador criado a partir do lixo. Doe também criou uma bateria para levar energia até as casas do local onde mora. «A luz vem uma vez por semana e no resto do mês está escuro», afirmou, acrescentando que a bateria permite agora iluminar a comunidade no resto do tempo.

    O MIT descobriu Doe numa feita de inovação na Serra Leoa. Depois acabou por participar numa feira em Nova Iorque, EUA, tendo participado num painel com mais quatro jovens norte-americanos. Agora será residente profissional no MIT e expositor convidado na universidade de Harvard. Doe já prometeu usar tudo o que aprender para melhorar a vida da sua comunidade
    .

    NASA divulga vídeo «O mundo não acabou ontem»... antes do tempo (com vídeo)

    Depois de ter lançado um vídeo em que esclarecia que a profecia Maia sobre o fim do mundo no próximo dia 21 não era verdadeira, a NASA parece ter a certeza que dia 22 de dezembro tudo estará na mesma e fez questão de criar um vídeo do género «nós bem dissemos», que, por engano, lançou dez antes do tempo.

    A agência espacial norte-americana está tão confiante em que o mundo não vai acabar no próximo dia 21 de dezembro que acabou por lançar o vídeo «O mundo não acabou ontem», que explica o porquê de ainda cá estarmos... 10 dias mais cedo.

    «Sé está a ver este vídeo significa uma coisa... o mundo não acabou ontem», começa por se ouvir no vídeo da NASA em que a agência compara ainda o fim do calendário Maia com um conta-quilómetros, que chega ao fim e volta ao início.

    «Nenhuma ruína ou pedra que os arqueólogos examinaram prevê o fim do mundo», reafirma a agência norte-americana. «Nenhum asteróide ou cometa conhecido está em rota de colisão com a Terra. Nem um planeta errante está a chegar para nos destruir, já que se isso estivesse para acontecer seria nesta altura o objeto mais brilhante no céu», acrescentaram.

    Resta esperar por dia 22 de dezembro para confirmar se a NASA tem razão... ou não.


    NASA não tem dúvidas de que a vida no planeta Terra continua depois de 21 de dezembro (foto D.R.)

    quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

    A Terra vista do espaço: Nasa divulga imagens noturnas da Terra

    Caro Terraquio , Hoje estamos aqui para mostrar como e a Terra noturna .  Cientistas da Nasa divulgaram novas imagens da Terra durante a noite  Foto: Nasa/Divulgação
    "A terra e Azul"
    A composição de imagens foi elaborada usando fotos sem nuvens de um novo satélite da Nasa e da agência americana que monitora oceanos, atmosfera e clima (NOAA, na sigla em inglês)  Foto: Nasa/Divulgação
    Olha o Brasil como e pouco iluminado sabe porque  ?
    R:Porque  umas das contas de luz mais cara do mundo !!!.
    Astronautas da ISS registraram imagem do tufão Bopha, que já matou mais de 200 pessoas nas Filipinas onde os ventos alcançaram 210 km/h. Na foto, registrada no domingo, 02 de dezembro, e divulgada pela Nasa, podemos ver partes da Estação Espacial Internacional  Foto: Nasa/Divulgação

    Astronautas da ISS registraram imagem do tufão Bopha, que já matou mais de 200 pessoas nas Filipinas onde os ventos alcançaram 210 km/h. Na foto, registrada no domingo, 02 de dezembro, e divulgada pela Nasa, podemos ver partes da Estação Espacial Internacional

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    NASA quer enviar novo robô a Marte em 2020

    O Curiosity iniciou a missão em Marte no passado mês de agosto (foto AP)

    A NASA tem previsto enviar um robô semelhante ao Curiosity para mais uma viagem a Marte em 2020, o projeto faz parte da estratégia que os Estados Unidos têm para o espaço e ao planeta vermelho, onde tencionam enviar uma missão na década de 2030.
    «Temos toda uma nova missão para Marte e estou mesmo entusiasmado», disse John Grunsfeld, chefe de ciência da agência espacial norte-americana NASA, citado num artigo pela revista Nature.
    O robô terá um estrutura igual à do Curiosity, que pousou em Marte, no passado dia 6 de agosto, onde procura vestígios da existência de vida passada. O novo rover vai aproveitar peças sobressalentes do Curiosity, o que permitirá à gastar menos 1000 milhões de dólares. Em vez de 2500 milhões de dólares (1930 milhões de euros), o aparelho irá assim custar 1500 milhões de dólares (1150 milhões de euros).
    A agência norte-americana tinha pensado lançar um aparelho para Marte em 2018 o projeto acabou por ser adiado. «Podíamos ter pensado nalguma coisa para 2018, mas com o orçamento que temos não seria teria um programa científico tão bom», explicou Grunsfeld, citado pelo jornal britânico Guardian.

    quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

    Galileu Galilei (1564-1642)


     Júpiter e suas quatro maiores luas descobertas por Galileu.



    Cronologia
    1590 - Do movimento (De motu antiquiora).
    1610 - O mensageiro das estrelas (Sidereus nuncius).
    1612 - Discurso sobre as coisas que estão sobre a água.
    1613 - História e demonstrações sobre as manchas solares.
    1616 - Discurso sobre o fluxo e refluxo do mar.
    1623 - O ensaiador.
    1632 - Diálogo sobre os dois principais sistemas do mundo - o ptolomaico e o copernicano (Dialogo di Galileo Galilei Linceo dove ne i congressi di quatro giornate se discorre sopra i due massimi sistemi del mondo - tolemaico e copernicano).
    1638 - Discurso sobre duas ciências novas.

    Infância de Galileu - Biografia Resumida
    Galileu Galilei, filho mais velho de Vicenzio Galilei, nasceu a 15 de Fevereiro de 1564, na cidade de Pisa. O seu pai era um brilhante músico, que adquiriu alguma notabilidade na sociedade italiana.
    Em 1581, Galileu ingressou no curso de medicina, na Universidade de Pisa. Rapidamente verificou que o seu verdadeiro interesse era a Matemática, e mudou de curso. Galileu apercebeu-se de que a Ciência só poderia progredir se fossem realizadas experiências para provar as teorias. Assim afastar-se-iam do modelo de pensamento de Aristóteles, que apenas utilizava a lógica para chegar a conclusões.
    Estudo do Pêndulo
    Como fervoroso católico, Galileu assistia à missa na catedral de Pisa todos os domingos. Durante um sermão particularmente longo, reparou que, devido à corrente de ar, uma lamparina baloiçava. Este fenômeno despertou-o para o estudo do pêndulo, levando-o a concluir que, independentemente da distância percorrida pelo pêndulo, o tempo para completar o movimento é sempre o mesmo. Galileu não tinha nenhum cronómetro ou relógio que lhe permitisse medir o tempo das suas experiências, por isso controlou o tempo com as suas pulsações.
    O estudo do pêndulo levou-o a concluir que a duração do movimento pendular não é afetada pelo peso do corpo suspenso, mas sim pelo tamanho do cordel que o suspende. Baseado nestas conclusões, Galileu desenvolveu o relógio de pêndulo, o mais preciso na época.
    "De Motu"
    Em 1589, Galileu regressou à Universidade de Pisa, quatro anos após a ter abandonado sem título. Como professor de Matemática, teve a oportunidade de desenvolver as suas ideias anti-aristotélicas, que culminaram com o livro de "De motu" (Sobre o movimento). O livro não foi publicado, pois Galileu apercebeu-se que a sua teoria sobre os objetos em queda livre não se apoiava em fatos experimentais. Decidiu provar, então, que dois objetos de peso diferente caíam a velocidades iguais, ao contrário do que se pensava na época.
    Numa manha de 1591, Galileu subiu ao cimo da torre de Pisa, com duas balas de canhão de pesos diferentes. Deixou-as cair a 150 metros do solo, onde se encontravam alguns colegas incrédulos. De fato, os dois projéteis chegaram ao solo quase ao mesmo tempo.
    Plano Inclinado


    Um desenho de George Gamow (1902-1968) que representa Galileu experimentando sobre o plano inclinado.
    Quando o contrato com a Universidade de Pisa terminou, Galileu mudou-se para Pádua. Aqui continuou a lecionar Matemática durante 18 anos, foram os anos mais felizes da sua vida, durante os quais realizou o maior número de descobertas.
    Durante a sua estadia conheceu Marina Gamba, com quem teve uma relação, da qual nasceram três filhos. Nunca se casaram e Marina continuou em Pádua, quando Galileu se mudou para Florença. Com a experiência da torre de Pisa, Galileu não conseguiu compreender como os corpos caíam, ou se a velocidade se alterava durante a queda. Para as suas pesquisas utilizou planos inclinados - como a esfera levava mais tempo a terminar o percurso, poderia medir mais facilmente o tempo. Galileu utilizava um curioso instrumento de medição do tempo, que consistia num barril de água com um furo na base, o que permitia o esvaziamento gradual do conteúdo. Com estas experiências, Galileu chegou à conclusão que a velocidade média pode ser calculada, dividindo a "distância percorrida" pelo "tempo do percurso". Estas conclusões permitiram um grande desenvolvimento da balística.
    Telescópio

    Galileu fez o seu primeiro telescópio em 1609, a partir de outros modelos que ampliavam três vezes os objectos. O seu primeiro telescópio ampliava nove vezes, e no final desse ano construiu um que ampliava 20 vezes. Este telescópio permitiu-lhe observar a Lua, e discordar mais uma vez com as teorias de Aristóteles. Segundo este, a Lua era uma esfera perfeita e pura. Mas, Galileu descobriu que a Lua tinha crateras, fendas e altíssimas montanhas.
    No princípio do ano de 1610, Galileu iniciou a observação de outros planetas, entre eles Júpiter. Descobriu os seus satélites, e chegou à conclusão que as luas gravitavam à volta de Jupiter, da mesma forma que a Lua gravitava à volta da Terra.
    O estudo das fases de Vénus e da Lua veio provar que estes planetas giravam à volta do Sol, tal como Copérnico defendera. Devido a esta posição, Galileu foi chamado a Roma a um representante do Papa, onde foi obrigado a retirar o seu apoio a Copérnico.
    A Inquisição
    Em 1618, três cometas surgiram no firmamento e Galileu descreveu este fenómeno no livro "O Ensaiador". Esta obra explica a trajectória visível dos cometas a partir da teoria de Copérnico. Como consequência, o Papa Urbano VIII obrigou Galileu a escrever um outro livro, onde deveria apresentar os argumentos da teoria de Aristóteles e de Copérnico; mas a conclusão deveria ser que Aristóteles tinha a razão. Nove anos mais tarde, Galileu acabou o seu livro "Diálogo sobre dois sistemas capitais do Mundo". O livro provocou tal perturbação, que Galileu foi julgado por heresia. Os seus fiéis amigos convenceram o Papa a converter a sentença de morte em prisão perpétua. Galileu ficou sob prisão domiciliária e os seus livros foram proibidos. Inicialmente esta situação deixou Galileu deprimido e chegou mesmo a estar gravemente doente. Mas recuperou, e nos seus últimos anos fez importantes descobertas no campo da Mecânica.
    A sua última obra - "Duas novas ciências" - lançou os alicerces para as descobertas de Isaac Newton. A obra foi publicada apenas na Holanda, país suficientemente afastado da influência da Igreja.
    Galileu contraiu uma infecção na vista, que o cegou progressivamente. Mesmo assim, trabalhou até ao final da vida com a ajuda de assistentes. Morreu a 8 de Janeiro de 1642, durante o sono.
    Galileu e a Experimentação
    Durante as últimas duas décadas, os estudiosos têm produzido muito material novo sobre o uso da experimentação por Galileu. Segue havendo discussão em torno de pontos particulares, mas hoje é possível pelo menos supor, sem temor, que ele planejou e realizou experimentos no curso de suas várias investigações. Sem dúvida, algumas perguntas básicas continuam em pé: Quando ele inicou a prática? O quanto estava maduro ou desenvolvido seu sentido experimental quando começou? Ele partiu do nada ou levou adiante, e possivelmente transformou, uma tradição pré-existente?
    O fato de que não inventou a arte do experimento é algo que parece claro tendo em vista que seu pai, Vicenzo Galilei, antes dele, já realizava, como músico e teórico da música, experimentos interessantes no terreno da acústica musical durante a penúltima década doséculo XVI, quando o jovem Galileu tinha cerca de 20 anos. Por isso Vicenzo havia se proposto a resolver uma disputa musical, a qual o levou ainvestigar as proporcionalidades entre comprimentos, tensões e "pesos" das cordas dos instrumentos musicais, e os sons resultantes. Ele acabou por descartar todos os argumentos fundados em juízos a priori sobre a primazia das razões entre números naturais pequenos e idealizou regras relativas às razões numéricas, baseando-se em evidências empíricas. Sob a tutela de Vicenzo, o próprio Galileu tocava muito bem o alaúde e se dedicou a extender o trabalho experimental de seu pai e a melhorar suas teorias. Para nosso azar, Galileu não descreveu seus resultados até muito depois, nos Discorsi, de forma que é difícil avaliar a ordem de suas idéias ou experimentos e da linha ou linhas que seguiu.
    Estamos melhor situados, por outro lado, com relação à obra de Galileu sobre o movimento natural. Existem muitos textos datados, a partir de seu manuscrito ao redor de 1590, De Motu, passando pela correspondência, notas e publicações do princípio do século, até o Dialogo e os Discorsi da quarta década.

    Esses documentos começam a nos dar uma imagem de Galileu como investigador, imagem na qual certo movimento temporal substitui os quadros planos e imóveis que só recalcavam os logros positivos finais de Galileu. Nessa nova imagem vemos Galileu a partir de certos pressupostos e práticas básicos, mudando de opinião, usando a experimentação para criticar e revisar a teoria, usando a teoria para criticar e revisar o experimento, decidindo-se, flutuando, metendo-se em becos sem saída, etc; precisamente o que seria de se esperar de uma pessoa com a sua inteligência penetrante trabalhando ativamente durante mais de 50 anos, inclusive depois de cego.
    Biografia
    Galileo Galilei (em português Galileu Galilei) nasceu em 15 de fevereiro de 1564, em Pisa, filho de Vincenzo Galilei, um músico alaudista conhecido por seus estudos sobre a teoria da música, e Giulia Ammannati de Pescia. Desde setembro de 1581 a 1585 estudou medicina na Universidade de Pisa, onde depois foi professor de matemática entre 1589 e 1592.
    Em 1586 inventou a balança hidrostática para a determinação do peso específico dos corpos, e escreveu um trabalho La bilancetta, que só foi publicado após sua morte.
    Em 1592 Galileu tornou-se professor de matemática na Universidade de Pádua, onde permaneceu por 18 anos, inventando em 1593 uma máquina para elevar água, uma bomba movimentada por cavalos, patenteada no ano seguinte. Em 1597 inventou uma régua de cálculo (sector), o "compasso geométrico-militar", um instrumento matemático com várias escalas.
    Nesta época explicou que o período de um pêndulo não depende de sua amplitude, e propôs teorias dinâmicas que só poderiam ser observadas em condições ideais. Escreveu o Trattato di mechaniche, que só foi impresso na traduçao para o latim do padre Marino Mersenne, em 1634, em Paris.
    Em 1604 observou a supernova de Kepler, apresentando em 1605 tres palestras públicas sobre o evento, mostrando que a impossibilidade de medir-se a paralaxe indica que a estrela está além da Lua, e que portanto mudanças ocorrem no céu. Nestas palestras, Galileo considera este evento uma prova da teoria heliocêntrica de Copérnico.
    Em 1606 publica um pequeno trabalho, Le operazioni del compasso geometrico militare, e inventa o termoscópio, um termômetro primitivo.
    Em maio de 1609 ele ouviu falar de um instrumento de olhar à distância que o holandês Hans Lipperhey havia construído, e mesmo sem nunca ter visto o aparelho, construiu sua primeira luneta em junho, com um aumento de 3 vezes. Galileo se deu conta da necessidade de fixar a luneta, ou telescópio como se chamaria mais tarde, para permitir que sua posição fosse registrada com exatidão. Até dezembro ele construiu vários outros, o mais potente com 30X, e faz uma série de observações da Lua, descobrindo que esta tem montanhas. De 7 a 15 de janeiro de 1610 descobre os satélites de Júpiter, publicando em latim, em 12 de março de 1610 o Siderius Nuncius(Mensagem Celeste) com as descobertas em abril do mesmo ano. Esta descoberta prova que, contrariamente ao sistema de Ptolomeu, existem corpos celestes que circundam outro corpo que não a Terra.
    Em 8 de abril de 1610, Johannes Kepler recebe uma cópia do livro, com um pedido de Galileo por sua opinião. Em 19 de abril Kepler enviou-lhe um carta, em suporte às suas descobertas, publicada em Praga em maio como "Conversações com o Mensageiro Celeste" e depois em Florença. O suporte de Kepler foi importante porque publicações de Martin Horky, Lodovico delle Colombe, e Francesco Sizzi duvidavam das observações de Galileo. Kepler e os matemáticos do Colégio Romano eram reconhecidos como as autoridades científicas da época. O Colégio Romano foi fundado pelo Papa Gregório XIII, que estabeleceu o calendário gregoriano.
    Já em julho, Galileo foi nomeado Primeiro Matemático da Universidade de Pisa, e Filósofo e Matemático do Grão Duque da Toscana. Ainda em dezembro Galileo verificou que Vênus apresenta fases como a Lua, tornando falso o sistema geocêntrico de Ptolomeu, e provando que Vênus orbita o Sol.
    A confirmação oficial das descobertas galileanas foi dada pelos poderosos padres jesuítas do Colégio Romano, que observaram os satélites de Júpiter por dois meses, em uma conferência solene realizada no Colégio em maio de 1611, na presença de Galileo. Esta conferência foi intitulada Nuncius sidereus Collegii Romani, e apresentada pelo padre Odo van Maelcote.
    Retornando a Florença, Galileo participou de reuniões no palácio do Grão Duque Cósimo II em que discutia-se sobre o fenômeno da flutuação e suas possíveis explicações; Galileo expôs e defendeu a tese de Arquimédes (Archimedes de Siracusa, ca. 287-ca. 212 aC), de que um corpo flutua pela diferença do pêso específico do corpo e da água, ao qual se alinhou o Cardeal Maffeo Barberini (o futuro Papa Urbano VIII). Outros, como o Cardeal Federico Gonzaga, defendiam a tese de Aristóteles, de que um corpo flutua porque dentro dele há o elemento aéreo, que tende a subir. Cósimo II propôs que os debatentes registrassem seus argumentos, e Galileo escreveu Discorso intorno alle cose che stanno in su l'acqua o che in quella si muovono, publicado em 1612. Em sua introdução havia referência aos satélites de Júpiter e às manchas solares. Em 1613 a Academia del Lincei publica Istoria e dimonstrazione intorno alle macchie solari e loro accidenti, comprese in tre lettere scritte all'ilustrissimo Signor Marco Velseri Linceo, Duumviro d'Augusta, Consigliero di Sua Maestà Cesarea, dal Signor Galileo Galilei, Nobil fiorentino, Filosofo e Matematico primario del Serenissimo D. Cosimo II Gran Duca di Toscana (História sobre as manchas solares), de Galileo, argumentando que a existência das manchas demonstrava a rotação do Sol.
    Galileo havia juntado assim grande quantidade de evidências em favor da teoria heliocêntrica, e escrevia em italiano para difundir ao público a teoria de Copérnico. Isto chamou a atenção da Inquisição, que após um longo processo e o exâme do livro de Galileo sobre as manchas solares, lhe dá uma advertência, onde o Cardeal Bellarmino lê a sentença do Santo Ofício de 19 de fevereiro de 1616, proibindo-o de difundir as idéias heliocêntricas.
    Em 5 de março de 1616 a Congregação do Índice colocou o Des Revolutionibus de Copérnico no Índice de livros proibidos pela Igreja Católica, junto com todos livros que defendem a teoria heliocêntrica. A razão da proibição é porque no Salmo 104:5 da Bíblia, está escrito: "Deus colocou a Terra em suas fundações, para que não se mova por todo o sempre", além de referências similares no livro de Joshua.
    Galileo se dedicou então a medir os períodos dos satélites de Júpiter, com a intenção de difundir seu uso para medir-se longitudes no mar, mas o método nunca foi usado por ser pouco prático.
    Em agosto de 1623 o Cardeal Maffeo Barberini, amigo e patrono de Galileo, foi eleito papa e assumiu com o nome de Urbano VIII. Em abril de 1624 Galileo teve seis audiências com o papa, e este o liberou a escrever sobre a teoria de Copérnico, desde que fosse tratada como uma hipótese matemática. Galileo inventou o microscópio em 1624, chamado por ele de occhialini.
    Em abril de 1630, Galileo terminou seu Dialogo di Galileo Galilei Linceo, dove ne i congressi di quattro giornate si discorre sopra i due massimi sistemi del mondo, tolemaico e copernicano (Diálogo dos Dois Mundos), e o enviou ao Vaticano para liberação para publicação. Recebendo autorização para publicá-lo em Florença, o livro saiu da tipografiaTre Pesci (Três Peixes) em 21 de feveiro de 1632. Note que Galileo não incluiu o sistema de Tycho Brahe, em que os planetas giram em torno do Sol, mas este gira em torno da Terra, o sistema de compromisso aceito pelos jesuìtas. No Diálogo, Galileo refuta as objeções contra o movimento diário e anual da Terra, e mostra como o sistema de Copérnico explica os fenômenos celestes, principalmente as fases de Vênus. O livro é escrito não em latim, mas em italiano, e tem mais o caráter de uma obra pedagógico-filosófica do que estritamente científica. O papa, que enfrentava grande oposição política na época, enviou o caso para a Inquisição, que exige a presença de Galileo em Roma, para ser julgado por heresia. Apesar de ter sido publicado com as autorizações eclesiásticas prescritas, Galileo foi intimado a Roma, julgado e condenado por heresia em 1633. Em 22 de junho de 1633, em uma cerimômia formal no convento dos padres dominicanos de Santa Maria de Minerva, lida a sentença proibindo o Diálogo, e sentenciando seu autor ao cárcere, Galileo, aos setenta anos, renega suas conclusões de que a Terra não é o centro do Universo e imóvel. A sentença ao exílio foi depois convertida a aprisionamento em sua residência, em Arcetri, onde permaneceu até sua morte.
    De Motu - Do Movimento
    O De motu é o primeiro testemunho direto do interesse de Galileu pelo movimento natural e a maior parte foi escrito duranto sua primeira temporada como professor de matemática na Universidade de Pisa, entre os anos de 1589 e 1592.
    Nesse tratado, Galileu propôs uma teoria do movimento natural, de acordo com a qual se supõe que um corpo em queda livre se desloca com um a velocidade uniforme carcterística. Neste caso, a velocidade uniforme se deve à resistência do meio; é a velocidade uniforme que, de fato, o corpo exibiria de modo mais perfeito no vácuo. A magnitude desta velocidade uniforme para um certo corpo é determinada por seu peso específico, ao qual é diretamente proporcional.
    Assim, se deixarem cair simultaneamente de um local alto uma bola de ouro e uma bola de prata, deveria-se observar a primeira se chocar com o solo enquanto a outra estaria a meio caminho em sua queda, já que o ouro tem quase o dobro do peso específico da prata. Dizem que Galileu idealizou um experimento a esse respeito, um experimento que falhou, nessa ocasião.
    Galileu começou a analisar os movimentos investigando suas causas,para ele quando um corpo pesado é projetado para cima, imprime-se a este uma certa qualidade, em decorrência disto o corpo adquire uma espécie de leveza. Esta leveza é perdida durante a descida. Neste sentido ele faz uma analogia entre a diminuição gradativa do força impetus num movimento de projétil, à medida que se processa o movimento, e o calor de uma barra de ferro que gradualmente diminui depois que a barra é retirada do fogo.
    Em outras palavras, quando o projétil é lançado verticalmente ele sobe porque a força impetusque lhe foi impressa é maior que o seu peso natural. À medida que o projétil vai subindo esta força vai diminuindo gradativamente até ela não poder mais sobrepujar a tendência natural do projétil. A partir daí começa a queda. A partir do momento que a força impressa se anula o projétil continua com velocidade constante.
    Assim, para Galileu, um corpo em queda possui aceleração somente no início da sua descida.
    O próprio Galileu diz no seu "De motu" que, se dispuséssemos de uma torre suficientemente alta, veríamos o movimento acelerado transformar-se em uniforme.
    Arquimedes (287 a.C - 212 a.C), popularmente conhecido pela expressão "Eureka", exerceu influência no trabalho de Galileu. Com Arquimedes nasceu a ciência da Hidrostática e foi através da sua obra "Sobre os Corpos Flutuantes" que Galileu se inspirou para relacionar a velocidade de queda ou de subida de um corpo em um dado meio com o peso específico do corpo e do meio por onde ele se desloca.
    Sidereus Nuncius - O Mensageiro das Estrelas

    O Mensageiro das Estrelas
    Foi publicado em 1610, um ano depois de Galileu ter aperfeiçoado o telescópio ampliando a área dos objetos por um fator da ordem de 1.000 e reduzindo sua distância por um fator da ordem de 30. Apontar o telescópio pela primeira vez para o céu foi um dos grandes momentos da história da ciência: Galileu fez logo toda uma série de descobertas sensacionais que publicou no Sidereus.
    Olhando para a Lua, verificou que não era uma esfera perfeita como pretendiam os aristotélicos, mas tinha vales profundos e cadeias de montanhas elevadas, cuja altura conseguiu estimar, a partir da sombra projetada pelos raios solares, como sendo comparável à das montanhas terrestres. Revelou a existência de inúmeras estrelas até então deconhecidas, ou seja, as estrelas visíveis a olhu nu eram apenas uma pequena parte das que apareciam no telescópio, "incrivelmente numerosas".
    Observando Júpiter, Galileu teve sua curiosidade despertada pelo que pareciam ser três "estrelinhas", pequeninas mas muito brilhantes, alinhadas com o planeta. Repetindo as observações em noites sucessivas, durante algumas semanas,percebeu que as "estrelinhas" mudavam de posição com respeito a Júpiter e que, na verdade, eram quatro, das quais uma ou duas se ocultavam, por vezes, atrás do planeta, o que registrou numa série de esboços : * * * O * , * * O * , * * O , * O * * * , ... . Galileu concluiu que se tratava de quatro satélites de Júpiter, cujos períodos de revolução mediu. Era um caso claro de corpos celestes girando em torno de um planeta diferente da Terra, em contradição com o sistema geocêntrico.


    Uma foto de Júpiter e as quatro luas galileanas. Da direita para a esquerda: Callisto, Io, Europa e Ganimedes.
    Estudando Vênus com seu telescópio, Galileu observou que Vênus mostrava "fases", como a Lua: ora aparecia como um círculo, ora como semi-círculo, em "quarto minguante", etc .. Por conseguinte não tinha luz própria: refletia a luz do Sol. Mas essas observações também contradiziam frontalmente o modelo de Ptolomeu, segundo o qual a órbita de Vênus deveria ser um epiciclo inteiramente contido entre o Sol e a Terra, o que levaria Vênus a aparecer sempre da mesma forma, como um crescente iluminado, sem mostrar fases.
    A publicação do Sidereus Nuncius causou grande sensação, ao mesmo tempo em que provocava uma controvérsia apaixonada. As observações foram posta em dúvida e quando Galileu quis demonstrá-las, alguns de seus colegas professores recusaram-se até mesmo a olhar pelo telescópio.
    Diz a lenda que Kepler chorou de emoção ao ler o Mensageiro da Estrelas. Era um relatório conciso e despojado, de apenas 24 páginas, mas foi, talvez, o tratado científico que mais profundamente abalou a visão de mundo de uma época. Nele, Galileu anunciava as sensacionais descobertas que havia realizado com o telescópio.
    Afirmava que a Via Láctea não era uma simples mancha esbranquiçada no firmamento, mas contituia uma "incontável multidão de estrelas amontoadas". Dizia também que o número de estrelas fixas visíveis com telescópio superava "mais de dez vezes as conhecidas anteriormente". Que a superfície não era "perfeitamente lisa, livre de desigualdades, nem exatamente esférica", mas era "tal qual a superfície da própria Terra, diversa por toda a parte, com montanhas elevadas e vales profundos".
    Comunicava ainda a observação de "quatro planetas, nunca vistos, desde o começo do mundo". Tratava-se das luas de Júpiter, cuja descoberta derrubava um dos dogmas da cosmologia tradicional, segundo o qual todos os corpos celestes circulavam ao redor do mesmo centro: a Terra.
    Pouco mais tarde, Galileu observou que as estrelas e os planetas não eram iguais, quando vistos através do telescópio. As estrelas, disse, "não tem contornos definidos e circulares; são como chamas: brilham, vibram, cintilam", ao passo que "os planetas se apresentam sob a forma de pequenos globos redondos ... uniformemente iluminados". A conclusão era evidente: as estrelas, como o Sol, emitiam luz própria, enquanto os planetas refletiam a luz recebida. Isso seria confirmado, depois, pelo prórpio Galileu, com a descoberta das fases de Vênus. A observação da luz secundária da Lua devida à reflexão terrestre, traria mais um argumento a favor da identificação da Terra com os planetas.
    Galileu descobriu, ainda, duas protuberâncias na altura do equador de Saturno. Como telescópio não era sufucientemente poderoso para que ele pudesse perceber os anéis do planeta, atribuiu as protuberâncias a duas pequenas luas, bem próximas à superfície de Saturno.
    As descobertas astronômicas de Galileu não trouxeram nenhuma "prova decisiva" a favor do sistema copernicano, mas apresentaram à humanidade um novo Universo.
    Diálogo Sobre os Dois Maiores Sistemas do Mundo

    Com a eleição do papa Urbano VIII (Maffeo Barberini), que era amigo de Galileu, este obteve a permissão para escrever um livro imparcial comparando as antigas e as novas teorias astronômicas: O Diálogo sobre os dois maiores sistemas do mundo.
    Este é um dos mais importantes livros científicos. Ele contesta os ensinamentos de que havia dois conjuntos de leis naturais, um para o firmamento e outro para a Terra.
    Galileu propunha que a Terra e os seres humanos não estavam separados do cosmos. A Terra era um planeta, parte do sistema solar, que fazia parte de um Universo ainda maior. Os seres humanos e tudo o que existia na Terra estavam sujeitos a leis naturais que a física e a matemática podiam descrever. Quer se tratasse de uma bola atirada para o alto, ou de um planeta que orbitava o Sol, aplicavam-se as mesmas leis e a ciência oferecia uma explicação. O livro também continha avanços em muitas outras áreas da física.
    Naquele tempo, a maioria dos livros era escrita em latim, mas Galileu escreveu o Diálogo em italian o, pois queria que todos lessem e entendessem sua obra.
    O Diálogo foi, de início, aprovado pelas autoridades da Igreja. Depois de publicado, foi saudado por homens da ciência e filósofos da Europa como uma obra-prima.
    Mas logo ficou evidente que o livro não era tão imparcial. Galileu concluía que as evidências científicas apoiavam o sistema heliocêntrico de Copérnico. Isso significava que grande parte do conhecimento científico aceito na época - baseado nos ensinamentos de Aristóteles e dos amigos - devia estar errada.
    Após seu julgamento pela Inquisição, foi ordenado que o Diálogo fosse queimado.
    Discurso das Duas Novas Ciências
    Apesar de praticamente cego, completa o Discorsi e dimonstrazioni matematiche intorno a due nuove scienze, attinenti alla meccanica e I movimenti locali (Discurso das Duas Novas Ciências, Mecânica e Dinâmica), contrabandeado para a Holanda pois Galileo havia sido também proibido de contato público e publicar novos livros. O livro foi publicado em Leiden em 1638, e trata das oscilações pendulares e suas leis, da coesão dos sólidos, do movimento uniforme, acelerado e uniformemente acelerado, e da forma parabólica da trajetórias percorrida pelos projéteis.
    Em 1988, comemorou-se os 350 anos de publicação da obra fundamental de Galileu, Discorsi i demonstrazioni matematiche intorno a due nouve scienze, conhecida como os Discorsi.
    Os Discorsi foram publicados quando Galileu tinha 74 anos e, completamente cego, permanecia confinado pela Inquisição, que o condenara por sua defesa da idéia de que o Sol, e não a Terra, ocupava o centro do sistema planetário em que vivemos. Depois de tentativas infrutíferas em diversos países, a obra de Galileu foi publicada pela primeira vez na Holanda. Estava escrita na forma de diálogos, seguindo uma tradição que era forte na Grécia clássica e se tornara novamente comum no Renascimento. Os três interlocutores dos Discorsi são: Salviati (que representa o próprio Galileu), Simplício (que defende a filosofia e a física de Aristóteles) e Sagredo (personagem prático, de mentalidade aberta, que atua como uma espécie de árbitro entre as duas posições em confronto).
    O livro é constituído basicamente por quatro "jornadas" (giornate). A primeira é uma introdução às 'duas novas ciências': a resistência dos materiais e o estudo do movimento. A segunda trata da estática e desenvolve as idéias e modelos de Galileu sobre a resistência dos materiais. Nas duas últimas discute o movimento acelerado, além das leis que regem o movimento dos projéteis. É o primeiro tratado, no sentido moderno, sobre a cinemática e a dinâmica dos movimentos que ocorrem nas proximidades da superfície da Terra.
    A morte de Galileu
    Faleceu em 8 de janeiro de 1642 em Arcetri, perto de Florença, e está enterrado na Igreja da Santa Cruz, em Florença. Apenas em 1822 foram retiradas do Índice de livros proibidos as obras de Copérnico, Kepler e Galileo, e em 1980, o Papa João Paulo II ordenou um re-exame do processo contra Galileo, o que eliminou os últimos vestígios de resistência, por parte da igreja Católica, à revolução Copernicana.
    Bibliografia
    Galileu Galilei, de Ludovico Geymonat, publicado em 1997 pela Editora Nova Fronteira.
    Galileu e os Efeitos do Tamanho, de Fernando Lobo Carneiro.

    Aristóteles


    Se com Platão a filosofia já havia alcançado extraordinário nível conceitual, pode-se afirmar que Aristóteles -- pelo rigor de sua metodologia, pela amplitude dos campos em que atuou e por seu empenho em considerar todas as manifestações do conhecimento humano como ramos de um mesmo tronco -- foi o primeiro pesquisador científico no sentido atual do termo.
    Aristóteles nasceu em Estagira (donde ser dito "o Estagirita"), Macedônia, em 384 a.C. Em Atenas desde 367, foi durante vinte anos discípulo de Platão. Com a morte do mestre, instalou-se em Asso, na Eólida, e depois em Lesbos, até ser chamado em 343 à corte de Filipe da Macedônia para encarregar-se da educação de seu filho, que passaria à história como Alexandre o Grande. Em 333 voltou a Atenas, onde fundou o Liceu. Durante 13 anos dedicou-se ao ensino e à elaboração da maior parte de suas obras

    Edmund Halley

     
    fonte:Udesc Joinville - Mundo Físico

    Colaborador de Newton em seu trabalho sobre a atração gravitacional, Halley foi o primeiro astrônomo a prever o regresso periódico de cometas às imediações da Terra. Seu nome foi dado ao mais famoso deles.
    Edmund Halley nasceu em Haggerston, Inglaterra, em 8 de novembro de 1656. Dedicou-se desde cedo ao estudo da matemática e da astronomia. Participou da expedição astronômica que de 1676 a 1678 esteve na ilha de Santa Helena, no Atlântico sul, onde elaborou um catálogo com 341 estrelas. Sua observação da passagem do planeta Mercúrio sobre o disco do Sol, em 1677, sugeriu-lhe o uso de fenômenos similares para determinar a distância da Terra ao Sol. Seu método foi aplicado nos séculos XVIII e XIX para determinar a paralaxe solar por meio dos trânsitos de Vênus.
    Foi eleito para a Royal Society em 1678. Interessado em desenvolver uma teoria da gravitação e do movimento dos corpos celestes, tornou-se amigo e colaborador de Sir Isaac Newton. O intercâmbio de idéias que se seguiu favoreceu a concepção da lei geral da gravidade, divulgada no Philosophiae naturalis principia mathematica (1687; Princípios matemáticos da filosofia natural), de Newton, com prólogo do próprio Halley.
    Em seu livro A Synopsis of the Astronomy of Comets (1705; Sinopse da astronomia dos cometas), Halley descreve a órbita parabólica de 24 cometas. Demonstrou que os cometas observados em 1531, 1607 e 1682 eram um só, em passagens distintas, e previu sua volta entre 1758 e 1759, o que se confirmou em 12 de março de 1759. O cometa de Halley tem sido visto a cada 76 anos e sua última passagem foi em 1986. Esse foi o primeiro exemplo, na história da astronomia, da determinação da periodicidade dos cometas.



    O famoso cometa Halley. Fonte: Lionel RUIZ do Observatório de Marseille - França (septembre 1996).

    Halley realizou notáveis observações sobre o magnetismo terrestre, demonstrou que as chamadas estrelas "fixas" têm movimento próprio, embora muito lento, publicou diversos trabalhos matemáticos, colaborou no projeto da construção do Observatório de Greenwich e elaborou a primeira carta meteorológica conhecida, um mapa dos ventos dominantes nos oceanos, publicado em 1686. Halley morreu em Greenwich, perto de Londres, em 14 de janeiro de 1742.

    segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

    Mars One planeja missão suicida para Marte


    Bas Lansdorp, o holandês fundador da Mars One,disse recentemente ao site FoxNews.com que sua empresa está planejando uma missão tripulada para Marte. O detalhe é que a viagem é só de ida.
    A empresa realizará um sorteio mundial em 2013 para selecionar 40 pessoas para sua equipe de treinamento. Esta equipe implantará uma colônia de testes em um deserto norte-americano durante três meses. Durante este período,a equipe deve ser reduzida de 40 para 10 pessoas.
    Estas 10 pessoas restantes serão então enviadas até Marte em uma viagem só de ida.
    “Nós enviaremos humanos para Marte em 2023”, disse ele ao site FoxNews.com. “Eles viverão lá pelo resto de suas vidas. Haverá um habitat esperando por eles e continuaremos enviando quatro pessoas a cada dois anos”.
    O habitat será composto por diversas estruturas que a Mars One lançará antes de 2023. Em 2016, a empresa planeja lançar a primeira nave com suprimentos. Em 2018 será lançada uma sonda.
    Lansdorp disse que o grupo com quarto pessoas coordenará os lançamentos, mas estas pessoas também trabalharão com os fornecedores para a nave e os foguetes. Por exemplo, a Mars One poderá usar o SpaceX Falcon Heavy, que está sendo desenvolvido como uma plataforma de lançamento para outras naves.
    Para ajudar a financiar o projeto, Lansdorp disse que poderá haver um “reality show” baseado no processo de seleção e na implantação da colônia de testes. Paul Römer, co-fundador e produtor executivo do “Big Brother” é um conselheiro na Mars One. A lista de conselheiros também inclui o ganhador do prêmio Nobel Dr. Gerard ‘t Hooft e o analista Brian Enke, que estuda missões espaciais.
    Mesmo com as complexidades do envio de humanos para Marte, a atenção está focada no fato de que a viagem será apenas de ida. Os selecionados para a missão não voltarão para a Terra, embora uma missão de resgate ainda não tenha sido totalmente descartada.
    “Em teoria, deve ser menos complexo trazer as pessoas de volta à Terra depois que a colônia já tiver sido implementada em Marte”, disse Lansdorp ao FoxNews.com. “Entretanto, nosso astronautas estarão cientes de que a viagem será apenas de ida”.
    Buzz Aldrin, piloto do módulo lunar que pousou na Lua com Neil Armstrong, vem dizendo há muito tempo que a única forma de os humanos chegarem a Marte é planejar uma viagem só de ida.
    Ainda assim, o projeto da Mars One deve enfrentar diversos problemas. Lansdorp disse que os colonos terão que cultivar vegetais usando um processo chamado hidroponia, que não usa o solo (foto).
    A nave também terá que ser grande o bastante para acomodar os passageiros e o combustível necessário para que ela chegue até o planeta vermelho.

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    Bilionário anuncia plano para colonizar Marte em duas décadas


    Elon Musk, o bilionário e fundador da empresa espacial privada SpaceX, anunciou um plano para levar 80 mil pessoas para colonizar Marte. O prazo para isso seria de duas décadas, e cada tripulante teria de pagar US$ 500 mil para embarcar na missão.
    Bilionário anuncia plano para colonizar Marte em duas décadas
    Musk diz que a pretensão é levar apenas dez pessoas no início, utilizando um foguete movido a oxigênio líquido e metano. De acordo com ele, essas dez pessoas poderiam criar algo realmente grande depois de algum tempo. “Em Marte, você pode começar com uma civilização auto-sustentável e depois fazer isso se tornar algo realmente significante”, disse.
    Ele não ofereceu, porém, detalhes sobre o plano, que é julgado por Musk como “difícil, mas possível”.
    Bilionário anuncia plano para colonizar Marte em duas décadas
    “O preço do bilhete deve ser baixo o suficiente para que a maioria das pessoas dos países avançados, em seus quarenta e poucos anos, ou algo assim, pudesse reunir dinheiro suficiente para fazer a viagem”, afirmou.
    Essas pessoas, no entanto, teriam muito trabalho pela frente. O trabalho de, praticamente, gerenciar e iniciar uma nova civilização. Segundo Musk, seria possível até transformar o solo do planeta vermelho em algo produtivo, usando CO2. O que permitiria criar plantações.
    Ele também acredita que na época em que seus planos estiverem para se tornarem reais, haverá gente suficiente para embarcar na viagem. Mesmo porque a Terra terá cerca de 8 bilhões de habitantes.

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    NASA encontra água em Mercúrio


    A hipótese da NASA de que existe água em Mercúrio, o planeta mais próximo do Sol, ganhou mais evidências para se sustentar. De acordo com a agência, o planeta realmente conta com grandes quantidades de água em sua superfície.
    NASA encontra água em Mercúrio

    Água em Mercúrio

    Como isso seria possível, já que o planeta está bem próximo do Sol? De acordo com a NASA, a sonda Messenger detectou baixíssimas temperaturas nos polos do planeta, além de ter descoberto materiais voláteis e o que pode ser gelo nas crateras polares.
    Isso acontece pelos polos nunca receberem raios solares, pois Mercúrio quase não tem eixo de inclinação durante seu movimento de rotação. Este ângulo representa apenas 1 grau. Ou seja, os polos do planeta permanecem no escuro e com baixas temperaturas.

    Possíveis vestígios de vida

    Essas camadas de gelo, segundo a NASA, contam com um material escuro que os cobrem. E algumas hipóteses é de que eles podem ser feitos de material orgânico. Ou seja, algo semelhante ao que fez com que surgisse vida na Terra.
    De acordo com alguns cientistas da agência, estes materiais podem ter se formado por meio de colisão  entre planetas, cometas ou asteroides, como a famosa teoria do Big Bang.

    NASA revela novas informações sobre Marte


    Relatórios da NASA divulgados hoje, 3 de dezembro,  sobre o robô Curiosity de Marte, revelaram informações sobre a primeira amostra retirada do sono de do planeta que podem estar ligados aos componentes necessários para criar vida.
    NASA revela novas informações sobre Marte

    Novas informações sobre Marte

    Desde agosto deste ano, a Curiosity foi para o planeta vermelho com o objetivo de procurar vestígios de vida, ou pelo menos condições de habitabilidade no planeta. E, de acordo com a NASA, os resultados do solo coletados indicam materiais orgânicos essenciais para a criação de vida. No entanto, as substâncias ainda precisam de mais análise para informações mais precisas.

    Enquanto não há informações definitivas sobre existe a possibilidade de existir vida no planeta, o robô encontrou água e uma mistura de substâncias químicas.
    Os materiais foram rastreados em um pedaço do solo cheio de minerais e com uma fina camada de poeira. De acordo com os cientistas, uma poeira mais fina que o açúcar, mas mais grossa que farinha.
    Desde que o dispositivo chegou no planeta, ele viajou cerca de 1,7 Km distante do local onde aterrissou. Neste momento, ele está estacionado ao lado de uma rocha, a qual utilizará uma broca para realizar varreduras e análises. Nas próximas semanas, o veículo deve viajar para uma montanha chamada “Monte Sharp”, que tem cerca de 5 Km de altura.

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    quarta-feira, 28 de novembro de 2012

    Telescópio mostra imagem de 'vassoura de bruxa' em nebulosa



    Telescópio do ESO captou nebulosa que lembra 'vassoura de bruxa' (Foto: ESO)Telescópio do ESO captou nebulosa que lembra 'vassoura de bruxa' (Foto: ESO)


    O Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) publicou nesta quarta-feira (12) uma nova imagem de uma nebulosa que, segundo os próprios astrônomos definem, lembra uma “vassoura de bruxa”
    O conjunto registrado na imagem é conhecido como Nebulosa do Lápis. Ela recebeu esse nome porque antes só era possível ver a parte mais brilhante, entre a camada azul e a vermelha, e essa faixa realmente lembra um lápis.
    A nova imagem feita pelo telescópio do ESO no Chile revelou mais detalhes da estrutura, mostrando o formato da vassoura de bruxa.
    Os filamentos mais brilhantes são o resultado de uma explosão de supernova, que ocorre quando uma estrela morre. O material expelido passa por nuvens de gás cósmico. A parte em azul representa a área com gás mais quente, enquanto o gás mais frio aparece em vermelho.

    Estrela que está morrendo é observada por telescópios nos EUA


    Uma estrela anã branca que está morrendo foi detectada em uma imagem combinada dos telescópios Spitzer e Wise, da agência espacial americana (Nasa), e Galaxy Evolution Explorer (Galex), do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), em Pasadena.
    O astro, chamado Nebulosa da Hélice ou NGC 7293, expele material cósmico e, em enquanto sua vida termina, tem um brilho potencializado pela intensa radiação ultravioleta do núcleo. O objeto fica a 650 anos-luz da Terra, na Constelação de Aquário.
    Os dados infravermelhos do Spitzer aparecem, na foto abaixo, em verde e vermelho na parte central; os do Wise estão em verde e vermelho nas áreas externas; e as informações ultravioleta do Galex são observadas em azul
    Nebulosa da Hélice  (Foto: Nasa/JPL-Caltech)
    Nebulosa da Hélice é uma estrela que atravessa o último estágio de sua vida (Foto: Nasa/JPL-Caltech).

    O brilhante círculo roxo no centro da imagem é uma combinação de registros do disco de poeira que circula a anã branca. Esse pó foi provavelmente lançado por cometas que sobreviveram à morte de sua estrela original.
    A Nebulosa da Hélice é um exemplo típico de nebulosas planetárias, que foram descobertas no século 18 e batizadas assim de forma incorreta, por sua semelhança com planetas gasosos gigantes. Esses corpos celestes são, na verdade, restos de estrelas que um dia se pareceram com o nosso Sol.
    Ao longo da vida, astros como esse transformam gás hidrogênio em hélio, em reações de fusão nuclear dentro deles. Esse processo é o mesmo que nos fornece a luz e o calor necessários para a vida na Terra, por exemplo. Assim como a Nebulosa da Hélice, o Sol também deve "agonizar" como uma nebulosa planetária, quando morrer após 5 bilhões de anos.
    Assim que o combustível de hidrogênio necessário para a reação se esgota, a estrela usa apenas o hélio como fonte de combustível, queimando-o em uma mistura de carbono, nitrogênio e oxigênio.
    Finalmente, o hélio também se esgota e a estrela morre, desprendendo suas camadas gasosas externas. Sobra apenas o núcleo pequeno, denso e quente, chamado de anã branca, que tem mais ou menos o tamanho da Terra, mas uma massa próxima ao da estrela original.
    Antes de essa estrela morrer, seus cometas e possivelmente planetas teriam estado em sua órbita de forma ordenada. Quando ela deixou de queimar hidrogênio e explodiu suas camadas exteriores, corpos celestes gelados e planetas externos teriam sido jogados uns contra os outros, levantando uma tempestade de poeira cósmica. Qualquer outro planeta dentro do sistema também teria sido queimado ou engolido durante a evolução do astro.