sábado, 22 de dezembro de 2012

Fragmentos de raro meteorito "não alterado" são encontrados no Saara

Fragmentos de raro meteorito "não alterado" são encontrados no Saara (Foto: EFE/J.Otazu)





Marroquinos encontraram fragmentos de um raro meteorito "não alterado" nas areias da região do Saara Ocidental. A descoberta, que aconteceu em 20 de maio de 2012, foi divulgada somente nesta quarta-feira (12). O meteorito está sendo agora analisado na Universidade Ibn Zhor-Agadir, no Marrocos, na busca de possíveis moléculas orgânicas e microdiamantes.
Na noite do dia 20 de maio, soldados marroquinos observaram uma estrela fugaz de cor muito branca que terminou em uma série de explosões ensurdecedoras. O fenômeno chamou atenção e as autoridades marroquinas enviaram uma missão ao local onde supostamente havia ocorrido a explosão. Depois de poucas horas, duas pessoas tinham encontrado vários fragmentos do meteorito, que somavam mais de 300 gramas.
Eram produto do que os especialistas chamam de "chuva de meteoritos". Os fragmentos estão hoje em posse do professor Abderrahman Ibhi, astrônomo da Universidade Ibn Zhor-Agadir.
Segundo ele, trata-se de um meteorito asteroidal quase não alterado, já que foi encontrado pouco tempo após sua queda. O habitual é que apareçam muitos anos depois e estejam profundamente alterados pelo oxigênio e pela água, dois elementos que não estão em seu habitat original.
Ibhi especula que estes preciosos fragmentos procedem de um asteroide, imensas rochas de várias toneladas situadas entre Marte e Júpiter, que se chocam entre si produzindo chuvas de meteoritos que viajam pelo espaço e, em alguns casos, chegam à Terra.
Os fragmentos encontrados no Marrocos são de uma cor muito negra, por fazerem parte de um meteorito carbonatado, muito rico em carvão. Ibhi supõe que possam conter moléculas orgânicas, de grande valor científico porque poderiam dar pistas sobre a origem da vida na Terra.
Além disso, o astrônomo afirma que as rochas procedentes de meteoritos podem conter microdiamantes, mas tanto este detalhe como a questão das moléculas só poderão ser desvendadas após uma análise mais detalhada fora do Marrocos.
EK

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