Pesquisadores identificaram, pela primeira vez, dois planetas de
tamanho semelhante ao da Terra na zona habitável de uma estrela parecida
com o Sol. Os corpos fazem parte de um sistema estelar com cinco
planetas orbitando ao redor da estrela Kepler-62, localizada na
constelação de Lyra, a 1.200 anos-luz da Terra. A descoberta foi
publicada na revista Science nesta quinta-feira.
O Kepler-62f é apenas 40% maior do que a Terra, o que o torna o planeta de tamanho mais próximo ao da Terra já encontrado na zona habitável de uma estrela. Sua órbita é de 267 dias e os pesquisadores dizem que sua composição é provavelmente rochosa. Já o Kepler-62e está mais próxima à estrela, com uma órbita de 122 dias, e tamanho 60% superior ao da Terra. "Pelas informações que temos, a partir do raio e do período orbital dos planetas, eles são os objetos mais similares à Terra já encontrados até hoje", diz Justin Crepp, astrofísico da Universidade de Notre Dame, na França, que participou da pesquisa.

Os dados foram obtidos pela missão Kepler, uma sonda lançada em 2009 para identificar planetas fora do Sistema Solar. Para tanto, os pesquisadores analisam os dados obtidos pela sonda em busca de pequenas flutuações periódicas no brilho de uma estrela. Essas flutuações seriam causadas pela passagem de um planeta em frente ao astro, impedindo a passagem da luz por alguns instantes. Até hoje, ela já foi capaz de identificar por meio desse método mais de 100 planetas, com tamanhos tão pequenos quanto o da Lua.
No caso do sistema Kepler-62, os pesquisadores usaram telescópios terrestres para analisar a estrela e confirmar que as flutuações em seu brilho eram causadas pela passagem de cinco planetas. "É possível confundir a passagem de um planeta com algum outro evento, mas quando temos cinco planetas e todos são periódicos, isso ajuda a confirmar os dados. É difícil encontrar qualquer outro fenômeno que emita esse tipo de sinal", diz Crepp.
CONHEÇA A PESQUISAA estrela Kepler-62 mede dois terços do tamanho do Sol e possui um quinto de seu brilho. Dos cinco planetas descobertos, três estão muito próximos à estrela, em órbitas que duram de cinco a 18 dias, tornando-os muito quentes e inóspitos para a vida como a conhecemos. Mas dois deles — o Kepler-62e e o Kepler62f — estão na zona habitável da estrela, onde pode existir água em estado líquido e melhores condições para o desenvolvimento de vida.
Título original: Kepler-62: A Five-Planet System with Planets of 1.4 and 1.6 Earth Radii in the Habitable Zone
Onde foi divulgada: periódico Science
Quem fez: William J. Borucki, Eric Agol, Francois Fressin, Lisa Kaltenegger, Jason
Rowe, Howard Isaacson, Debra Fischer, Natalie Batalha, Stephen T. Bryson e Justin R. Crepp
Instituição: Centro de Pesquisa Ames da Nasa
Dados de amostragem: Dados coletados pela sonda Kepler sobre a estrela Kepler-62
Resultado: Os pesquisadores descobriram que a estrela é orbitada por cinco planetas. Dois deles estão em sua zona habitável, onde é possível a existência de água líquida.
O Kepler-62f é apenas 40% maior do que a Terra, o que o torna o planeta de tamanho mais próximo ao da Terra já encontrado na zona habitável de uma estrela. Sua órbita é de 267 dias e os pesquisadores dizem que sua composição é provavelmente rochosa. Já o Kepler-62e está mais próxima à estrela, com uma órbita de 122 dias, e tamanho 60% superior ao da Terra. "Pelas informações que temos, a partir do raio e do período orbital dos planetas, eles são os objetos mais similares à Terra já encontrados até hoje", diz Justin Crepp, astrofísico da Universidade de Notre Dame, na França, que participou da pesquisa.
Os dados foram obtidos pela missão Kepler, uma sonda lançada em 2009 para identificar planetas fora do Sistema Solar. Para tanto, os pesquisadores analisam os dados obtidos pela sonda em busca de pequenas flutuações periódicas no brilho de uma estrela. Essas flutuações seriam causadas pela passagem de um planeta em frente ao astro, impedindo a passagem da luz por alguns instantes. Até hoje, ela já foi capaz de identificar por meio desse método mais de 100 planetas, com tamanhos tão pequenos quanto o da Lua.
No caso do sistema Kepler-62, os pesquisadores usaram telescópios terrestres para analisar a estrela e confirmar que as flutuações em seu brilho eram causadas pela passagem de cinco planetas. "É possível confundir a passagem de um planeta com algum outro evento, mas quando temos cinco planetas e todos são periódicos, isso ajuda a confirmar os dados. É difícil encontrar qualquer outro fenômeno que emita esse tipo de sinal", diz Crepp.
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